O ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o cancelamento das audiências com testemunhas marcadas para a próxima semana no processo que investiga supostos atos golpistas em 2022. A defesa argumenta que não terá tempo hábil para analisar as novas provas disponibilizadas pela Polícia Federal, incluindo dados de celulares, computadores e documentos apreendidos. O acesso ao material foi autorizado recentemente, e os advogados afirmam que a complexidade e o volume das informações exigem um prazo maior para preparar a estratégia de defesa.
O processo envolve sete acusados, incluindo o ex-presidente, sob a alegação de tentativa de impedir a posse do presidente eleito em 2023. A fase de instrução, que inclui oitiva de testemunhas e confronto de provas, está em andamento, mas a defesa busca adiá-la para garantir o que considera um direito fundamental à ampla defesa. O pedido está sob análise do ministro relator, que decidirá se mantém o cronograma ou estabelece novas datas.
A decisão sobre o cancelamento das audiências deve ser divulgada nos próximos dias. Enquanto isso, a defesa insiste na necessidade de mais tempo para examinar as provas e, se necessário, complementar a lista de testemunhas ou solicitar diligências adicionais. O caso segue sob acompanhamento do STF, que tem buscado equilibrar a celeridade processual com os direitos das partes envolvidas.