A defesa do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, recorreu ao STF nesta quinta-feira (15.mai.2025) contra a decisão do TJ-RJ que determinou seu afastamento do cargo. O desembargador Gabriel Zefiro ordenou a remoção após considerar indícios de falsificação em um acordo que manteve Rodrigues na presidência em 2023. Como interventor, foi nomeado o vice-presidente da entidade, Fernando Sarney, responsável por conduzir novas eleições.
O caso foi encaminhado ao TJ-RJ após o ministro do STF, Gilmar Mendes, determinar a apuração de alegações sobre possível fraude na assinatura do acordo que garantiu a permanência de Rodrigues. A defesa pede a manutenção de uma decisão cautelar que reconduziu o presidente ao cargo em 2023 e solicita a suspensão da determinação do tribunal fluminense. Caso o recurso seja negado, a defesa argumenta que a interventoria deve ser assumida pelo diretor mais idoso da CBF, seguindo o estatuto vigente.
A disputa pelo comando da confederação se arrasta desde 2022, quando Rodrigues assumiu a presidência. Um acordo homologado pelo STF em fevereiro permitiu sua reeleição para um mandato até 2030, mas questionamentos sobre a validade das assinaturas levaram à revisão judicial. O vice-presidente Sarney, que rompeu politicamente com Rodrigues, alega irregularidades no processo, incluindo a suposta incapacidade cognitiva de um dos signatários. O STF destacou que a análise final cabe ao TJ-RJ.