Advogados de um militar envolvido no caso sobre alegações de tentativa de golpe após as eleições de 2022 iniciaram a fase de oitiva de testemunhas de defesa. A estratégia busca desvincular o acusado de qualquer intenção dolosa, apresentando-o como um subordinado que cumpria ordens sem questionamentos. Testemunhas, incluindo altos oficiais, afirmaram que o militar agia com lealdade e não discutia política ou estratégias para contestar os resultados eleitorais.
O processo, conduzido pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, segue a ordem legal de colher depoimentos, priorizando as testemunhas da acusação e de colaboradores antes das dos réus. As declarações até o momento negam o conhecimento ou participação do militar em supostos planos para impedir a posse do presidente eleito em 2023. A defesa insiste na imagem de um profissional disciplinado, sem envolvimento em articulações políticas.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República, apresentada em março, acusa um grupo organizado de tentar subverter o resultado das eleições. O caso divide os investigados em núcleos, mas as testemunhas de defesa reforçam a narrativa de que o militar agiu dentro da hierarquia, sem iniciativa própria. O julgamento continua, com expectativa de mais depoimentos nos próximos dias.