O presidente dos EUA emitiu um decreto na quinta-feira, 1º, determinando o fim do financiamento federal para veículos públicos de comunicação, incluindo a PBS e a NPR. A justificativa apresentada foi de que essas entidades não estariam fornecendo cobertura justa, precisa e imparcial aos contribuintes. O texto do decreto orienta a Corporation for Public Broadcasting (CPB), responsável por gerir os recursos, a cortar o repasse existente e suspender futuros financiamentos, dentro dos limites legais.
No entanto, a CPB respondeu na sexta-feira, 2, que não está subordinada à autoridade presidencial. A organização destacou que foi criada pelo Congresso em 1967 como uma entidade privada sem fins lucrativos, independente do governo federal, e que leis impedem interferências de agências ou funcionários públicos em suas operações. A CPB recebe atualmente US$ 535 milhões anuais, destinados principalmente a mais de 1.500 emissoras públicas de rádio e TV.
O impasse coloca em discussão o futuro do financiamento público à mídia nos EUA. Enquanto o governo argumenta por cortes com base em supostas falhas na imparcialidade, a CPB sustenta sua autonomia legal e a importância dos recursos para manter a operação das emissoras beneficiadas. A situação pode levar a disputas jurídicas ou legislativas, dependendo dos próximos passos das partes envolvidas.