A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou a abertura de debates públicos para revisar as regras sobre drones no Brasil. O diretor-presidente-substituto da Anac, Roberto Honorato, destacou que a mudança é altamente esperada e incluirá a análise de normas internacionais para aeronaves não tripuladas. O anúncio foi feito durante discussão conjunta nas comissões de Indústria, Comércio e Serviços e de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, com apoio de agências como a Anatel e o Decea, que reforçaram a necessidade de garantir a segurança aérea.
O mercado de drones no Brasil é promissor, sendo o segundo maior das Américas, atrás apenas dos EUA, com faturamento anual de US$ 373 milhões. O deputado Vitor Lippi, um dos propositores do debate, ressaltou o potencial de crescimento de 25% ao ano e defendeu investimentos no setor. Representantes da indústria, como o presidente da ABDrone, Pedro Curcio Junior, pediram incentivos governamentais, destacando que a tecnologia pode se tornar uma das maiores geradoras de emprego e renda na próxima década.
Os drones têm aplicações variadas, desde entregas até agricultura e segurança pública, mas também são usados para atividades ilegais, como tráfico de drogas. Atualmente, a Anac registra 150 mil drones no país, sendo 50 mil recreativos, mas estima-se que o total possa chegar a 500 mil. A revisão das normas busca equilibrar o crescimento do setor com a segurança e o combate a usos inadequados.