Em São Paulo, o destino do Minhocão tem sido tema de intensos debates entre vereadores e a população. A oposição ao prefeito pressiona pela realização de um plebiscito para decidir sobre o futuro do elevado, especialmente após intervenções recentes na parte inferior da estrutura, iniciadas sem aviso prévio. As obras, autorizadas pelo vice-prefeito durante uma viagem do prefeito, incluem testes de estacionamento gratuito e planos para um jardim, mas críticos questionam a falta de transparência e o impacto nos moradores de rua da região.
A prefeitura defende as intervenções como parte de um projeto de revitalização, argumentando que a área sofre com acúmulo de lixo e ocupação irregular. No entanto, vereadores de oposição expressam preocupação com o possível deslocamento de pessoas em situação de rua e cobram garantias de que não serão prejudicadas. Eles também planejam enviar um projeto de lei para convocar um plebiscito, embora ainda busquem assinaturas suficientes para viabilizar a proposta.
Enquanto aguardam uma resposta da prefeitura sobre uma possível reunião, a discussão continua, refletindo a divisão de opiniões sobre como equilibrar desenvolvimento urbano e inclusão social. O caso ilustra os desafios de governança em grandes cidades, onde decisões sobre infraestrutura muitas vezes envolvem conflitos entre diferentes visões de planejamento e bem-estar coletivo.