O Tribunal Superior do Trabalho (TST) afirmou que pais de bebês reborns — bonecos hiper-realistas tratados como reais por alguns — não têm direito a benefícios trabalhistas como licença-maternidade ou paternidade. Em publicação nas redes sociais, o órgão destacou que esses direitos são exclusivos para pais de filhos biológicos ou adotados legalmente, listando garantias como licenças, estabilidade no emprego e intervalos para amamentação. A decisão reforça a distinção entre parentalidade real e a relação com os bonecos.
O tema também tem motivado ações no Legislativo, com três projetos de lei em discussão que propõem restrições ao tratamento dado aos bebês reborns. Entre as medidas sugeridas estão a proibição do uso de atendimento médico em unidades de saúde públicas e privadas, além da vedação ao acesso a benefícios como assentos preferenciais. Os projetos visam evitar a equiparação entre os bonecos e crianças reais, levantando questões sobre os limites da interação com objetos hiper-realistas.
A polêmica envolve ainda debates sobre saúde mental, já que o apego emocional a esses bonecos tem sido alvo de discussão em noticiários e redes sociais. Enquanto alguns defendem a prática como terapêutica, outros alertam para possíveis distorções na percepção da realidade. O caso ilustra os desafios de regulamentar novas formas de relacionamento que emergem na sociedade contemporânea.