A prefeitura de Curitiba afirmou que mães de bebês reborn — bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos — não têm direito a assentos preferenciais no transporte público. Em comunicado, a administração municipal destacou que os bancos prioritários são destinados a grupos específicos, como gestantes, idosos e pessoas com deficiência, e que as bonecas, apesar de “fofas”, não se enquadram nessa categoria. O tema ganhou repercussão nacional, levando à proposta de um projeto de lei na Câmara dos Deputados que prevê multas para quem usar reborns para obter benefícios destinados a bebês reais.
O debate se expandiu para outras cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. Enquanto a capital paulista discute a proibição de incluir bonecas em atendimentos do SUS, o Rio aguarda a decisão do prefeito sobre a criação de um “Dia da Cegonha Reborn”, homenageando as artesãs do setor. Vídeos de adultos tratando as bonecas como crianças reais, inclusive em situações como consultas médicas e uso de filas preferenciais, viralizaram nas redes sociais, acendendo discussões sobre os limites entre hobby e realidade.
A polêmica divide opiniões na internet, com alguns questionando o comportamento dos donos de reborns e outros defendendo a liberdade de expressão, comparando a prática a hobbies como colecionar action figures. O assunto, que mistura questões psicológicas, sociais e legais, ainda deve ser amplamente debatido no Congresso e na sociedade, enquanto projetos de lei tramitam para regulamentar o tema.