A datilografia foi uma técnica essencial no mercado de trabalho entre as décadas de 1970 e 1990, abrindo portas para profissionais conhecidos como datilógrafos. Esses especialistas dominavam a arte de transcrever textos em máquinas de escrever, com habilidades como digitação rápida, organização e atenção aos detalhes. Cursos e testes rigorosos avaliavam sua proficiência, incluindo métricas como toques por minuto. No entanto, com o avanço da tecnologia, as máquinas de escrever foram substituídas por computadores, e a profissão entrou em declínio.
Getúlio Cruz, um ex-datilógrafo de Brasília, relembra como a técnica era exigida para auxiliares de escritório e servia como trampolim para carreiras dentro das empresas. Ele destaca que a transição para a era digital foi facilitada para quem já dominava a datilografia, mas os cursos específicos deram lugar aos de informática. O professor Erlando da Silva Rêses, que também vivenciou a época, explica que a velocidade e precisão dos datilógrafos os tornavam valiosos no mercado, habilidades que se transferiram para a digitação moderna.
Apesar de extinta, a profissão deixou um legado. A datilografia não apenas preparou uma geração para a revolução digital, mas também destacou a importância de habilidades como concentração e eficiência. Hoje, no Dia do Datilógrafo, a memória dessa técnica serve como reflexão sobre como ofícios do passado moldaram as demandas do futuro.