Em quase dez anos, mais de 3,3 mil crianças foram registradas apenas com o nome da mãe em São José do Rio Preto e Araçatuba, segundo dados da Arpen-SP. A maioria dos casos está relacionada à ausência do pai, mas também há registros de dupla maternidade, refletindo novas dinâmicas familiares. Em Rio Preto, 4% dos mais de 53,5 mil registros desde 2016 não incluíam o nome do pai, enquanto em Araçatuba esse percentual foi de 5%.
Os números mostram uma tendência crescente de configurações familiares diversas, incluindo famílias homoafetivas. Entre 2020 e 2024, mais de 6,2 mil certidões em São Paulo registraram dupla maternidade, com 1.351 apenas em 2024. A presidente da Arpen-SP, Karine Boselli, destaca que avanços na reprodução assistida e mudanças sociais contribuíram para esse cenário.
O estado de São Paulo lidera o ranking nacional de registros sem o nome do pai, com mais de 146 mil casos em cinco anos. Em cidades como Bauru e Marília, também houve mais de 2 mil registros sem o pai no mesmo período. Os dados reforçam a importância do reconhecimento legal das novas estruturas familiares e da ampliação de direitos para todas as famílias.