Em 2022, o Brasil registrou 14,4 milhões de pessoas com deficiência, representando 7,3% da população com dois anos ou mais. As mulheres são a maioria nesse grupo, com 8,3 milhões, enquanto os homens somam 6,1 milhões. A incidência de deficiência aumenta significativamente com a idade, atingindo 27,5% entre idosos com 70 anos ou mais. As limitações mais comuns são visuais (7,9 milhões), motoras (5,2 milhões) e auditivas (2,6 milhões), além de dificuldades para manipular objetos (2,7 milhões). Cerca de 2% da população apresenta duas ou mais limitações funcionais.
A taxa de analfabetismo entre pessoas com deficiência é quatro vezes maior que a média nacional, alcançando 21,3%. A maioria (63,1%) não completou o ensino fundamental, e apenas 7,4% concluíram o ensino superior. A Região Nordeste concentra a maior proporção de domicílios com moradores deficientes (19,5%), sendo Alagoas o estado com a taxa mais alta (9,6%). A pesquisa também destacou a correlação entre condições precárias de habitação e deficiência, como a falta de banheiro em 19,3% dos lares afetados.
Os dados, coletados pelo IBGE, evidenciam as desigualdades estruturais enfrentadas por pessoas com deficiência, desde acesso à educação até condições de moradia. O levantamento serve como alerta para a necessidade de políticas públicas mais eficazes, especialmente em regiões com maiores vulnerabilidades sociais. A inclusão e a garantia de direitos básicos permanecem como desafios urgentes a serem superados.