O crítico literário, professor e tradutor Paulo Henriques Britto foi eleito nesta quinta-feira (22) para a Academia Brasileira de Letras (ABL), ocupando a Cadeira de número 30, anteriormente pertencente à escritora Heloisa Teixeira. A disputa contou com outros cinco candidatos, mas Britto obteve ampla vantagem, recebendo 30 votos contra 10 de Salgado Maranhão, o segundo colocado. A eleição foi realizada com urnas eletrônicas fornecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ).
Em declarações ao Estadão, Britto expressou felicidade e gratidão, destacando o apoio de amigos, como o poeta Geraldinho Carneiro, que o auxiliou durante o processo. Natural do Rio de Janeiro, o novo acadêmico já publicou sete livros de poesia, entre eles “Liturgia da Matéria” (1982) e “Nenhum Mistério” (2018), além de ter vencido prêmios importantes, como o Alphonsus de Guimaraens e o Jabuti.
Conhecido por seu meticuloso processo criativo, Britto revelou, durante o lançamento de seu último livro, que revisa extensivamente seus poemas antes de publicá-los. Atualmente, ele leciona na PUC-Rio, onde continua a contribuir para a literatura e a formação de novos escritores. Sua eleição para a ABL consolida uma trajetória marcada por reconhecimento e dedicação à palavra escrita.