O presidente da Câmara, Hugo Motta, criticou o governo federal após o anúncio do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), afirmando que o Brasil “não precisa de mais impostos, mas de menos desperdício”. A declaração foi feita em resposta às medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda, que incluem a taxação de operações de crédito para empresas e compra de moeda estrangeira. A oposição no Congresso já apresentou projetos para sustar as mudanças, argumentando que elas carecem de embasamento técnico e jurídico, além de prejudicarem o setor produtivo e a população.
O governo recuou parcialmente das alterações no IOF após preocupações com a repercussão negativa, especialmente em redes sociais. Inicialmente, a proposta previa uma alíquota de 3,5% para aplicações financeiras que antes eram isentas, mas a versão revisada manteve a taxa de 1,1% para remessas destinadas a investimentos no exterior. Integrantes do Executivo admitiram que a medida original estava sendo alvo de desinformação, o que levou ao ajuste. A equipe econômica também anunciou um congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025 para cumprir as regras fiscais.
O debate reflete tensões entre o governo e o Congresso sobre a gestão de gastos públicos e a busca por equilíbrio fiscal. Enquanto o Planalto defende as medidas como necessárias para conter despesas, a oposição as vê como arbitrárias e prejudiciais à economia. O episódio evidencia os desafios de comunicação e coordenação entre os Poderes em meio a pressões políticas e preocupações com a imagem pública.