Em Bonito, Mato Grosso do Sul, as águas transparentes do Rio Formoso tornaram-se palco para avistamentos frequentes de sucuris gigantes, que atraem turistas e pesquisadores. A região é conhecida por abrigar algumas das maiores serpentes já registradas, como Ana Júlia, que media 6,36 metros e pesava cerca de 200 kg antes de morrer em 2024. Outras duas sucuris, Mãezona e Queixinho, também ganharam fama por seu tamanho impressionante e aparições recorrentes, destacando a biodiversidade única da área.
Segundo o biólogo Henrique Abrahão Charles, as sucuris de Bonito parecem ser maiores do que as da Amazônia devido à visibilidade excepcional da água. Essas serpentes, as mais pesadas do mundo, podem atingir até 7 metros e 200 kg no caso das fêmeas, que são significativamente maiores que os machos. Curiosamente, elas são vivíparas, podendo gerar até 100 filhotes por reprodução, e formam “bolos reprodutivos” durante o acasalamento, onde a fêmea escolhe seu parceiro.
Apesar do temor que inspiram, não há registros oficiais de ataques a humanos, conforme enfatiza o especialista. Henrique ressalta a importância de admirar os animais à distância, sem perturbá-los, garantindo a segurança de ambos. As sucuris de Bonito continuam a fascinar pela sua grandiosidade e pelos mistérios que envolvem sua vida nas águas cristalinas da região.