Os Estados Unidos enfrentam uma grave crise no tráfego aéreo, com atrasos e cancelamentos frequentes devido à falta de 3 mil controladores e à infraestrutura obsoleta. Em aeroportos como Newark, que serve a região de Nova York, a situação é crítica: radares da década de 1960 falham, computadores superaquecem e telas dos controladores apagam, deixando aviões sem comunicação por minutos. Com apenas 22 controladores em uma equipe que deveria ter 38, a sobrecarga de trabalho levou até mesmo a licenças médicas por estresse pós-traumático.
A escassez de profissionais é agravada por regras que exigem aposentadoria aos 55 anos e pela demora na formação de novos controladores, problema intensificado pela suspensão de treinamentos durante a pandemia. Em resposta, o governo oferecerá bônus de até US$ 10 mil para recém-formados e buscará aprovação no Congresso para modernizar equipamentos. No entanto, a renovação da rede nacional pode levar até quatro anos.
Enquanto isso, passageiros sofrem com voos cancelados e horas de espera, levando a administração federal de aviação a reduzir o número de voos em Newark. A palavra “delayed” (atrasado) tornou-se comum nos aeroportos, refletindo um sistema que luta para acompanhar a demanda. A crise expõe os desafios do país mais rico do mundo em manter sua infraestrutura aérea funcional e segura.