A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enfrenta uma crise institucional após a decisão judicial que afastou o presidente Ednaldo Rodrigues do cargo. O caso ganhou repercussão com a suspeita de falsificação na assinatura de um acordo homologado pela Justiça, envolvendo um membro idoso e com problemas de saúde. Enquanto isso, Ronaldo Fenômeno, que havia desistido de concorrer à presidência por falta de apoio das federações estaduais, ironizou um manifesto de 19 entidades que apoiavam a gestão anterior. O ex-jogador criticou a falta de diálogo e abertura para novas propostas durante o processo eleitoral.
A situação se complica com as denúncias de conflito de interesses envolvendo autoridades judiciais, incluindo a relação entre um ministro do STF e a CBF, além de suspeitas de pagamentos questionáveis a advogados antes de decisões favoráveis à entidade. A revista Piauí revelou práticas autoritárias e gastos excessivos na gestão, aumentando a pressão por investigações. A CBF, por sua vez, defende a legitimidade do processo e convocou novas eleições para maio, sob intervenção temporária.
Enquanto isso, o afastado presidente perdeu o apoio de federações que antes o reelegeiram, e agora enfrenta denúncias na Comissão de Ética da CBF, incluindo acusações de assédio e má gestão. O caso se desdobra em meio a movimentos políticos, como a contratação do técnico Carlo Ancelotti para a seleção brasileira, visto como uma jogada para fortalecer a imagem da entidade. A crise expõe as tensões entre poder esportivo, judicial e transparência na administração do futebol nacional.