Um menino de três anos foi levado ao hospital em Cerquilho (SP) no dia 12 de março após apresentar choro incomum e dores na perna direita. Exames confirmaram duas fraturas no local, classificadas como lesão corporal grave pelo Instituto Médico Legal (IML). O laudo apontou que as fraturas foram causadas por um “agente contundente”, como objetos pesados ou até mesmo chutes, e resultaram em incapacidade para atividades habituais por mais de 30 dias. A família, que recebeu da creche a informação inicial de que a criança estaria com câimbra, ainda aguarda esclarecimentos sobre o ocorrido.
A avó do menino relatou que a prefeitura não ofereceu apoio adequado durante os 62 dias de recuperação, limitando-se a fornecer uma cesta básica. Enquanto isso, a criança retirou o gesso há cerca de duas semanas, mas segue com sequelas emocionais, incluindo ansiedade e dificuldade para dormir. A família também expressou preocupação com a falta de câmeras de segurança na creche, onde o incidente teria ocorrido. A Polícia Civil continua investigando o caso, mas o inquérito ainda não foi concluído.
A prefeitura afirmou, em nota, que a criança participava normalmente das atividades escolares antes de começar a chorar, sem sinais aparentes de queda ou lesão. A Secretaria de Educação acompanhou o caso e destacou que duas profissionais estavam presentes no momento do ocorrido. A família, no entanto, contesta a versão, já que as fraturas só foram identificadas no hospital. O menino deve retornar à mesma creche devido à falta de vagas em outras unidades, enquanto a avó promete continuar buscando justiça e respostas.