A CPI das Apostas Esportivas tem chamado atenção nas redes sociais, mas não pelos resultados legislativos. Com depoimentos de influenciadores digitais, como Virginia Fonseca, as sessões viralizaram, ultrapassando milhões de visualizações. No entanto, especialistas criticam o foco excessivo em estratégias de engajamento, como cortes rápidos e interações informais, que desviam o propósito fiscalizador da comissão e prejudicam sua credibilidade.
O comportamento de alguns parlamentares, como pedidos de fotos e discursos teatrais, irritou até o presidente do Senado, que considerou as reuniões “circenses” e sinalizou o encerramento da CPI. Para cientistas políticos, a exposição midiática ofuscou a pauta legislativa e transmitiu uma imagem distorcida do trabalho parlamentar, reduzindo a impessoalidade esperada em investigações desse tipo.
Apesar das críticas, especialistas em marketing destacam que a aproximação entre políticos e influenciadores reflete uma dinâmica contemporânea, onde as redes sociais se tornam espaços de debate público. A viralização de conteúdos da CPI, impulsionada pelo interesse em apostas esportivas e pela estratégia de cortes rápidos, mostra o poder dos influenciadores na formação de opinião, mas também levanta questões sobre o equilíbrio entre engajamento e eficiência legislativa.