A cozinheira Rosa Maria do Nascimento, conhecida como Dona Rosa, evitou o fechamento do Hotel Central, primeiro hotel de luxo do Recife, durante a pandemia de covid-19. Quando os antigos proprietários decidiram encerrar as atividades em junho de 2020, ela assumiu a administração, preservando um marco da história pernambucana. Com 23 funcionários, o hotel, fundado em 1928, é reconhecido por sua arquitetura Art Nouveau e por ter hospedado personalidades como Orson Welles e Carmen Miranda.
Dona Rosa, que começou como auxiliar de cozinha no local aos 18 anos, já havia revitalizado o restaurante do hotel, o Tempero da Rosa, antes de assumir o negócio. O estabelecimento oferece 46 quartos, incluindo suítes de luxo e cobertura, com diárias que variam conforme a estrutura. A decoração remete às antigas fazendas, atraindo hóspedes que valorizam história e cultura. O restaurante serve pratos típicos, como peixada pernambucana e bacalhau à moda da casa, mantendo-se como um dos pilares do hotel.
Tombado pelo patrimônio cultural em 2017, o Hotel Central é um símbolo de resistência e afeto. Dona Rosa, que seguiu os passos da mãe e das irmãs no local, transformou sua trajetória pessoal em uma missão de preservar a memória e a economia da região. Sua história reflete a importância de empreendimentos tradicionais na geração de emprego e renda, além de seu valor cultural para o Recife.