A Cosan registrou um prejuízo líquido de R$ 1,788 bilhão no primeiro trimestre de 2025, um resultado significativamente maior que os R$ 192 milhões negativos apurados no mesmo período de 2024. Segundo a empresa, a perda foi impulsionada pela menor contribuição dos negócios avaliados por equivalência patrimonial. Além disso, o Ebitda ajustado sob gestão da companhia caiu 30,6%, para R$ 5 bilhões, enquanto a receita operacional líquida recuou 2%, atingindo R$ 9,663 bilhões.
O Ebitda ajustado consolidado contábil também apresentou queda de 29,8%, ficando em R$ 2,061 bilhões. Por outro lado, a Cosan obteve um aumento de 66,7% nos dividendos e juros sobre capital próprio recebidos, que totalizaram R$ 1,5 bilhão no trimestre. A dívida líquida da empresa recuou 25,5%, chegando a R$ 17,5 bilhões, reflexo dos recursos obtidos com a venda de ações da Vale e de medidas de gestão de passivos.
A redução do endividamento foi acompanhada por melhorias nas condições financeiras da companhia. O custo médio da dívida caiu de CDI+1,40% para CDI+0,91%, e o prazo médio aumentou para 6,4 anos, ante 6,1 anos no trimestre anterior. Esses movimentos reforçam a estratégia da empresa em otimizar sua estrutura de capital, mesmo em um cenário de resultados operacionais desafiadores.