O Corinthians enfrenta mais um capítulo de instabilidade institucional após a decisão que reconduziu Augusto Melo à presidência do clube. O dirigente, afastado na última segunda-feira por um processo de impeachment aprovado pelo Conselho Deliberativo, retomou o cargo após uma mudança na liderança do conselho, com Maria Angela assumindo interinamente. Melo afirmou que a decisão respeita a “democracia corintiana” e negou qualquer irregularidade, classificando o processo como legítimo.
A situação gerou tensão na sede do Parque São Jorge, onde grupos se confrontaram e o Batalhão de Choque foi acionado para conter os ânimos. Augusto Melo também anunciou que registraria um boletim de ocorrência contra um ex-líder de torcida organizada, alegando ameaças. Enquanto isso, opositores contestam a legalidade da sua volta ao cargo, defendendo que o presidente em exercício permanece sendo Osmar Stábile.
O caso se desdobra em meio a investigações sobre supostas irregularidades em contratos do clube, que levaram ao afastamento inicial do presidente. A Comissão de Ética do Corinthians havia suspendido o então líder do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., o que permitiu a mudança na decisão sobre a presidência. A situação ainda pode evoluir juridicamente, enquanto torcedores e conselheiros aguardam novos desfechos.