O Corinthians afastou seu presidente após uma votação no Conselho Deliberativo, realizada nesta segunda-feira. A decisão, aprovada por 176 votos a favor, 57 contra e uma abstenção, foi motivada por alegações de gestão temerária, incluindo irregularidades em um contrato com uma ex-patrocinadora. O primeiro vice-presidente assumiu interinamente, enquanto aguarda a convocação de uma Assembleia-Geral para referendar ou não o afastamento. Caso confirmado, uma nova eleição será convocada, restrita aos membros do conselho.
A reunião foi marcada por tensões, com confrontos entre apoiadores do presidente afastado e conselheiros, exigindo intervenção policial. O mandatário defendia que a decisão só deveria ocorrer após a conclusão de investigações da Polícia Civil, citando um parecer da Comissão de Ética do clube. Além deste processo, ele enfrenta outros três pedidos de impeachment relacionados a questões financeiras, incluindo a reprovação das contas do ano anterior.
Paralelamente, investigações criminais envolvendo supostos crimes financeiros avançam, com indiciamentos por lavagem de dinheiro, furto qualificado e associação criminosa. O presidente afastado ingressou com um habeas corpus para anular esses indiciamentos. O caso segue em aberto, com a expectativa de que a Assembleia-Geral seja realizada em até 60 dias, definindo o futuro da gestão no clube.