O Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou nesta terça-feira, 6 de maio, sua 270ª reunião, com amplo consenso entre analistas de mercado sobre um aumento de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 14,75% ao ano. No entanto, um relatório do JP Morgan no Brasil aponta a possibilidade de um ajuste menor, de 0,25 ponto, sugerindo que o Banco Central pode adotar uma postura mais gradual diante das incertezas globais. Apesar da inflação persistir acima da meta, especialmente em serviços, os discursos recentes de membros do Copom destacaram termos como “flexibilidade” e “gradualismo”, indicando uma possível mudança de estratégia.
O relatório destaca que o Banco Central não deve se comprometer com novos aumentos após esta reunião, deixando espaço para interromper o ciclo de alta. A Selic está próxima de seu patamar máximo, e há expectativa de que o BC comece a reduzir o grau de restrição monetária até o final do ano. Embora projeções oficiais ainda sinalizem pressões inflacionárias, a comunicação recente do Copom sugere cautela, com possíveis sinais de desaceleração no crédito influenciando a decisão.
A conclusão do JP Morgan é que o BC pode optar por um aumento menor, de 0,25 ponto, refletindo uma abordagem mais moderada diante do cenário econômico incerto. Enquanto o mercado espera uma alta mais robusta, a análise ressalta que a autoridade monetária busca equilibrar o controle da inflação com os riscos de desaceleração, mantendo flexibilidade para ajustes futuros. A decisão final será conhecida após o encerramento da reunião, nesta quarta-feira (7).