O CORI (Conselho de Orientação e Fiscalização) do Corinthians informou que os balancetes de janeiro e fevereiro de 2025, divulgados pela diretoria, não passaram por análise prévia dos órgãos fiscalizadores do clube. Segundo documento, os demonstrativos foram enviados aos conselheiros apenas 44 minutos antes da publicação, sem parecer do Conselho Fiscal ou da Auditoria, contendo apenas a assinatura do contador responsável.
Os documentos mostram um superávit de R$ 12,1 milhões no primeiro bimestre, impulsionado principalmente pelo departamento de futebol, que registrou receita de R$ 157 milhões — com destaque para direitos de transmissão (R$ 78,6 milhões) e patrocínios (R$ 35,8 milhões). Apesar do resultado operacional positivo de R$ 26,5 milhões no futebol, o clube social apresentou déficit, e os juros da dívida, somando R$ 14 milhões, impactaram o desempenho financeiro geral.
A gestão atual enfrenta pressão após a reprovação das contas de 2024 pelo Conselho Deliberativo, o que pode levar a um processo de impeachment por gestão temerária. O balanço divulgado não detalha o valor atualizado do endividamento, deixando dúvidas sobre a situação financeira do clube, mesmo com os números positivos no início do ano.