O Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou, na noite desta segunda-feira (26 de maio de 2025), o processo de impeachment do presidente do clube, afastando-o do cargo até a decisão final da assembleia-geral de sócios. A votação registrou 176 votos a favor, 57 contra, 1 branco e duas abstenções. O vice-presidente assumirá interinamente, enquanto o Conselho ficará responsável por escolher um novo nome caso o impeachment seja confirmado. O dirigente se declarou indignado, mas afirmou que deixaria o posto “com a cabeça erguida”.
As suspeitas envolvem irregularidades em um contrato de patrocínio firmado no início da gestão, no valor de R$ 370 milhões, que foi rescindido após denúncias de desvio de recursos. Um relatório da Polícia Civil apontou que parte do dinheiro teria sido direcionado a uma empresa investigada por ligações com organizações criminosas. O presidente foi indiciado por furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro, embora negue qualquer irregularidade.
O estatuto do clube prevê cinco motivos para destituição, incluindo prejuízo à imagem ou ao patrimônio. A decisão final caberá à assembleia-geral, que deve ser convocada em até cinco dias. Se o impeachment for mantido, o Conselho elegerá um novo presidente para completar o mandato até 2026. Caso contrário, o atual dirigente reassumirá o cargo.