Após o anúncio do governo federal sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações de crédito, o Congresso Nacional já registrou 20 propostas para suspender a medida. A maioria dos projetos é de autoria de parlamentares da oposição, principalmente do PL, mas há também uma proposta de um deputado da base governista. Enquanto o governo revogou parte da medida — que afetava aplicações em fundos no exterior —, manteve o aumento do IOF para compra de dólar em espécie e remessas internacionais. As propostas aguardam despacho dos presidentes da Câmara e do Senado para começarem a tramitar.
Entre os argumentos apresentados, está a insatisfação da população com novos impostos, conforme destacado por um partido da oposição. Outros críticos apontam que o aumento, em alguns casos, chega a ser dez vezes maior do que o valor anterior, ultrapassando a função regulatória do tributo. Há ainda preocupações sobre o impacto na competitividade do Brasil, já que a medida encarece transações internacionais e operações essenciais ao setor produtivo.
O debate também envolve questões legais, com alegações de que mudanças tributárias significativas deveriam passar pelo Legislativo. Enquanto isso, o governo ainda não decidiu se manterá ou revogará totalmente as alterações. A discussão reflete a tensão entre a necessidade de arrecadação e os efeitos econômicos e políticos do aumento de impostos.