Três meses e meio após o início das sessões de 2025, o Congresso ainda não concluiu a votação de projetos prioritários do governo federal. Propostas como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5.000, em análise por uma comissão especial na Câmara, seguem sem previsão de votação. Enquanto isso, no Senado, duas matérias defendidas pela equipe econômica — a segunda etapa da regulamentação da reforma tributária e a limitação de supersalários no serviço público — aguardam relatório na Comissão de Constituição e Justiça.
O ritmo lento também afeta pautas apoiadas pela oposição, como a anistia a presos do 8 de janeiro e a proposta de autonomia orçamentária do Banco Central. Com o recesso parlamentar marcado para 18 de julho, o prazo para avançar nas votações é cada vez mais curto, gerando incertezas sobre a conclusão dessas matérias no primeiro semestre.
Enquanto deputados e senadores discutem os impactos dos projetos em comissões, a falta de definição sobre os prazos preocupa tanto o governo quanto grupos políticos. As reuniões técnicas, como a marcada para esta segunda-feira (19.mai) sobre a reforma tributária, são vistas como tentativas de destravar as negociações, mas sem garantias de resultados imediatos.