Desde o início do ano legislativo, em fevereiro, o Congresso Nacional tem funcionado em ritmo reduzido, com poucas semanas de atividade plena. A ausência frequente dos presidentes da Câmara e do Senado, além de recessos informais no meio do ano, contribuíram para o atraso na pauta do governo, incluindo projetos econômicos como a isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil. Apenas eventos pontuais, como depoimentos na CPI das Apostas e audiências com ministros, mobilizaram alguns parlamentares em Brasília.
Especialistas apontam que a paralisia legislativa também está ligada a fatores como a agenda modesta do Executivo, disputas internas no Congresso e conflitos com o Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, a crise no INSS e discussões sobre anistias têm dominado os debates, desviando a atenção de outras prioridades. A instalação de uma CPMI para investigar fraudes no INSS tende a ocupar o centro das discussões nas próximas semanas, podendo gerar desgaste para o governo atual.
Analistas destacam que, embora haja uma percepção de inércia, parte da lentidão reflete a complexidade das negociações políticas e a necessidade de equilíbrio entre as diferentes forças parlamentares. Enquanto isso, projetos importantes aguardam votação, e o cenário de baixa produtividade preocupa pela falta de avanços em temas críticos para a economia e a sociedade.