Um dos condenados como mandante na Chacina de Unaí, crime ocorrido em 2004, faleceu nesta quarta-feira (14) no Hospital Sírio Libanês, no Distrito Federal. O indivíduo, de 77 anos, estava em prisão domiciliar devido a problemas de saúde, incluindo um câncer no pâncreas, diabetes e hipertensão. Ele havia sido sentenciado inicialmente a 64 anos de prisão, pena posteriormente aumentada para 89 anos, pelo assassinato de três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho.
O caso, que levou quase duas décadas para ser concluído, resultou na condenação de outros envolvidos, incluindo um irmão do falecido, condenado a 64 anos, e um empresário, que recebeu pena de 41 anos. Os executores diretos do crime foram julgados em 2013 e condenados a penas que variam de 56 a 94 anos de prisão. As vítimas foram mortas a tiros durante uma fiscalização sobre denúncias de trabalho escravo em fazendas da região.
Além das penas privativas de liberdade, os responsáveis foram condenados a indenizar a União em aproximadamente R$ 30 milhões. O caso, marcado por sua complexidade e duração, segue como um dos mais emblemáticos da história recente do país, destacando desafios na apuração de crimes de grande repercussão.