Os cardeais que participarão do conclave para eleger o novo papa iniciaram nesta terça-feira (6) seu período de reclusão em dois hotéis do Vaticano, onde ficarão isolados do mundo exterior até a decisão final. O processo, que começa oficialmente na Capela Sistina na quarta-feira, envolve 133 cardeais com menos de 80 anos, que votarão em sucessões secretas até que um candidato alcance a maioria de três quartos dos votos. A sucessão de Francisco, falecido no mês passado, é considerada aberta, sem um favorito claro, conforme relatos de vários cardeais presentes.
O conclave deste ano é o mais diversificado geograficamente na história da Igreja, com representantes de 70 países, incluindo nações que nunca antes tiveram cardeais votantes, como Haiti e Sudão do Sul. Enquanto alguns buscam continuar as reformas de Francisco por uma Igreja mais transparente, outros defendem um retorno a tradições mais conservadoras. O cardeal japonês Tarcisio Isao Kikuchi mencionou que os cardeais asiáticos podem votar em bloco, contrastando com a fragmentação usual dos europeus.
A expectativa é que o processo se estenda por vários dias, com múltiplas votações até a escolha do novo líder da Igreja Católica, que comandará 1,4 bilhão de fiéis. Enquanto isso, os cardeais permanecem sob juramento de sigilo, sem contato externo, em um ritual que mantém o mistério e a tradição milenar da eleição papal.