Os 133 cardeais eleitores chegaram a Roma para participar do conclave que decidirá o sucessor do papa Francisco e o futuro da Igreja Católica, que conta com 1,4 bilhão de fiéis. Isolados na Capela Sistina a partir de quarta-feira (7), os cardeais — muitos vindos de regiões historicamente marginalizadas, como a periferia global — votarão em um processo que exige maioria de dois terços para a escolha do novo pontífice. A eleição, cercada de incógnitas e sem favoritos claros, será acompanhada por milhares de pessoas na Praça de São Pedro e milhões ao redor do mundo, atentos à fumaça branca que indicará o fim do conclave.
O Vaticano finalizou os preparativos, incluindo o juramento de sigilo de todos os envolvidos e o corte de comunicação dos cardeais com o exterior durante o processo. Serão realizadas quatro votações diárias, com as cédulas queimadas para anunciar os resultados. Enquanto os conclaves anteriores duraram dois dias — elegendo Bento XVI em 2005 e Francisco em 2013 —, há expectativa de que desta vez o processo possa se estender por até três dias.
Apesar das especulações sobre o perfil do próximo papa, analistas acreditam que não será um revolucionário como Francisco, cujo pontificado focou em reformas e nos mais pobres. O novo líder da Igreja Católica herdará desafios como divisões internas e a necessidade de dialogar com um mundo em transformação, enquanto bilhões de fiéis aguardam a decisão que moldará os rumos da instituição.