Todos os 133 cardeais com direito a voto já chegaram a Roma para participar do conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco, segundo informou o Vaticano. O processo, que se inicia na Capela Sistina nesta quarta-feira (07), é visto como aberto, com cardeais divididos entre dar continuidade às reformas progressistas de Francisco ou retomar tradições mais conservadoras. Dois cardeais, um da Espanha e outro do Quênia, não participarão por motivos de saúde.
As reuniões pré-conclave destacaram preocupações com as divisões internas na Igreja, especialmente sobre temas como bênçãos a casais do mesmo sexo e o papel das mulheres. O perfil desejado para o novo papa, segundo o Vaticano, é o de um líder próximo do povo, capaz de unir e guiar os fiéis. Nomes como os cardeais Pietro Parolin (Itália) e Luis Antonio Tagle (Filipinas) são citados como possíveis candidatos, mas muitos eleitores ainda não decidiram seu voto.
O conclave deve durar vários dias, exigindo 75% dos votos para a eleição do novo pontífice. Enquanto alguns cardeais defendem a continuidade da agenda de Francisco, outros buscam uma mudança de rumo. O cardeal alemão Walter Kasper, embora não votante, expressou confiança em que a maioria optará por seguir o legado progressista do falecido papa.