O conclave para escolher o sucessor do papa Francisco tem início na quarta-feira, 7, com 133 cardeais eleitores isolados na Capela Sistina, sem contato com o exterior. Uma maioria de dois terços (89 votos) é necessária para eleger o novo pontífice, em um processo marcado por votações secretas e sigilo absoluto. Os cardeais participam de uma missa solene antes do início das votações, que ocorrem até quatro vezes ao dia, com o resultado anunciado pela fumaça branca ou preta da chaminé.
O conclave, criado no século 13 para evitar longos períodos sem papa, é o mais diverso geograficamente da história, com cardeais de 71 países. Apesar de especulações sobre divisões, líderes como o cardeal Jaime Spengler destacam que eventuais demoras refletiriam a necessidade de maior diálogo, não disputas políticas. A expectativa é de continuidade nos ensinamentos do Vaticano II, embora o próximo papa não seja uma “cópia” de Francisco.
O processo segue as regras estabelecidas por João Paulo II e atualizadas por Bento XVI, incluindo a obrigatoriedade do voto secreto e escrito. A eleição termina com o anúncio “Habemus Papam” pelo protodiácono Dominique Mamberti, seguido pela apresentação do novo pontífice ao mundo. Enquanto isso, os olhos globais se voltam para a chaminé da Capela Sistina, aguardando o sinal definitivo da escolha.