A partir desta quarta-feira (7), os 133 cardeais eleitores se reunirão a portas fechadas na Capela Sistina, no Vaticano, para escolher o sucessor do papa Francisco. O conclave, marcado por rituais centenários, mantém os participantes isolados do mundo exterior, sob juramento de sigilo. A eleição exige dois terços dos votos — no mínimo 89, no cenário atual — e pode durar de dois a três dias, seguindo a média dos últimos conclaves, que elegeram Bento XVI (2005) e Francisco (2013) em apenas 48 horas.
O processo é acompanhado globalmente por meio da fumaça que sai da Capela Sistina: preta indica votação inconclusiva; branca, a eleição de um novo papa. Nos últimos conclaves, a fumaça branca surgiu no segundo dia, por volta do fim da tarde em Roma, seguida pelo anúncio “Habemus Papam” e pela aparição do pontífice na sacada da Basílica de São Pedro. Caso não haja consenso após 34 votações, os dois cardeais mais votados disputam um “segundo turno”, ainda exigindo maioria qualificada.
Entre os participantes, estão sete cardeais brasileiros, incluindo arcebispos de Salvador, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. A expectativa é que o conclave seja breve, seguindo a tendência recente, embora a história registre eleções que se estenderam por semanas — como no século 13, quando Gregório X foi escolhido após dois anos de deliberações.