Nesta segunda-feira (5), os 133 cardeais eleitores reuniram-se no Vaticano para dar início aos preparativos do conclave, que começa na quarta-feira (7). Durante as discussões, temas como imigração, direito canônico e o papel missionário da Igreja foram debatidos, enquanto os cardeais traçavam o perfil ideal do próximo pontífice: um pastor poliglota, rigoroso na doutrina e com facilidade de comunicação. O cardeal de Madagascar destacou o sigilo do processo, reforçando que nenhum nome foi revelado.
A logística do conclave já está em pleno funcionamento, com quartos sorteados para os cardeais, bloqueadores de celulares e medidas de segurança reforçadas, incluindo películas anti-espionagem. Os cardeais que não puderem se deslocar até a Capela Sistina poderão votar a partir da Casa Santa Marta, com urnas móveis garantindo a participação de todos. Especialistas lembram que, historicamente, o conclave sempre atraiu interesses geopolíticos, mas o colégio cardinalício manteve sua independência.
Enquanto as cortinas vermelhas da Basílica de São Pedro são preparadas para a eventual aparição do novo papa, os cardeais seguem em oração e reflexão. A eleição, realizada sob os afrescos de Michelangelo, simboliza a responsabilidade de escolher quem guiará 1,4 bilhão de católicos. O mundo aguarda, atento ao desfecho de um ritual marcado pela tradição e pelo mistério.