Os 133 cardeais elegíveis já chegaram a Roma para participar do conclave que elegerá o novo papa, marcado para começar nesta quarta-feira (7) na Capela Sistina. Dois cardeais, um da Espanha e outro do Quênia, não comparecerão por motivos de saúde. Desde a morte do papa Francisco, em 21 de abril, os cardeais têm se reunido quase diariamente para discutir os rumos da Igreja, que enfrenta divisões internas sobre temas como bênçãos a casais do mesmo sexo e o papel das mulheres.
O perfil do próximo papa foi um dos temas debatidos, com expectativas de que seja uma figura próxima do povo e capaz de unificar a Igreja. Enquanto alguns cardeais defendem a continuidade das reformas progressistas de Francisco, outros buscam um retorno a tradições mais conservadoras. Nomes como os cardeais Pietro Parolin e Luis Antonio Tagle são citados como possíveis sucessores, mas muitos eleitores ainda não decidiram seu voto, como destacou o cardeal britânico Vincent Nichols.
O conclave deve durar vários dias, com múltiplas votações até que um candidato atinja 75% dos votos. Os cardeais ficarão isolados em duas casas de hóspedes do Vaticano, sem contato com o exterior. O cardeal Walter Kasper, embora não participe da eleição, expressou confiança em que a maioria optará por dar continuidade ao legado de Francisco, reforçando a imagem de um líder pastoral e aberto ao diálogo.