A cidade de Nova York implementou, em abril, um programa de compostagem obrigatória para todos os moradores, com o objetivo de reduzir o volume de lixo destinado a aterros sanitários e diminuir as emissões de gases de efeito estufa. Os resíduos orgânicos, como restos de alimentos e materiais de jardim, devem ser separados em lixeiras marrons fornecidas pela prefeitura ou em recipientes próprios, desde que identificados e com capacidade máxima de 200 litros. O material é coletado pelo serviço de saneamento da cidade e encaminhado para sistemas de compostagem ou transformado em biogás.
Apesar do apoio de parte da população, o caráter punitivo da medida gerou debate, especialmente após a emissão de mais de 2 mil advertências na primeira semana. Multas variam de US$ 25 a US$ 300, dependendo do tamanho do imóvel e reincidência, levantando preocupações sobre a prioridade entre educação ambiental e penalização. O Departamento de Saneamento defende que o programa seja simples e acessível, mas críticos apontam que a transformação em biogás ainda gera emissões e resíduos.
Em seu primeiro mês, o programa já apresentou resultados expressivos, com a coleta de 2,5 milhões de libras de material compostável, um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2023. Parte do material é processada na Unidade de Compostagem de Staten Island, enquanto outra é enviada para centros fora do estado. A iniciativa alinha-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, destacando o ODS 06, que trata de água limpa e saneamento.