A Comissão de Ética Pública da Presidência da República impediu a contratação de uma ex-secretária da Secretaria de Comunicação (Secom) por uma grande agência de marketing e influência do Brasil. A decisão foi baseada na identificação de um conflito de interesses, já que a profissional havia ocupado cargo de alto escalão no governo federal. A relatora do caso determinou um período de quarentena de seis meses, durante o qual a ex-funcionária receberá uma remuneração compensatória sem exercer atividades no setor público.
Durante o período de quarentena, a ex-secretária está impedida de atuar na iniciativa privada em áreas que possam gerar conflito com suas funções anteriores. Caso receba novas propostas de trabalho nesse intervalo, ela deverá comunicar a Comissão de Ética. O custo para os cofres públicos durante esse período será de aproximadamente R$ 110 mil, valor correspondente ao salário que ela recebia no governo.
A ex-secretária foi desligada da Secom em janeiro, após mudanças na gestão do ministério. Sua vaga foi ocupada por uma profissional que atuava nas redes sociais do prefeito de Recife. A decisão da Comissão de Ética segue normas legais que visam evitar o uso indevido de informações privilegiadas e garantir a transparência na transição entre cargos públicos e privados.