A coligação de centro-direita AD, formada pelo PSD e CDS-PP, lidera as eleições legislativas em Portugal com 36,65% dos votos apurados, garantindo 13 cadeiras na Assembleia da República. O PS, principal adversário, e o partido Chega empataram com 4 assentos cada, embora o Chega tenha surpreendido ao alcançar 23,47% dos votos, contra 22,87% do PS. O resultado reforça a possibilidade de o Chega assumir a liderança da oposição, enquanto a AD consolida sua posição como força majoritária.
A crise política que levou às eleições antecipadas teve origem na queda do governo minoritário, após a rejeição de uma moção de confiança relacionada a questões envolvendo uma empresa familiar. O tema da imigração dominou a campanha, com partidos adotando discursos mais rígidos, incluindo propostas de expulsão de imigrantes em situação irregular. O debate reflete a crescente influência do assunto na política portuguesa, impulsionado pelo aumento recorde da população imigrante e seu impacto na economia.
Além da imigração, problemas habitacionais e o envelhecimento da população foram temas centrais. Dados mostram que os imigrantes contribuíram com € 3,64 bilhões para a Segurança Social em 2024, destacando sua importância para o sistema previdenciário. O resultado das eleições sinaliza um possível realinhamento político no país, com a direita ganhando espaço e a centro-esquerda enfrentando desafios para recuperar influência.