A colheita da segunda safra de milho no Brasil atingiu apenas 1,05% da área cultivada, índice abaixo dos 2,69% registrados no mesmo período do ano passado e da média histórica de cinco anos, que é de 0,76%. Segundo a consultoria Pátria AgroNegócios, o Paraná lidera o avanço dos trabalhos, com 2,1% da área colhida, enquanto Mato Grosso, maior produtor nacional, alcançou apenas 1%. O ritmo atual está mais lento em comparação com anos anteriores, influenciado pelo atraso no ciclo agrícola 24/25, que começou com o plantio tardio da soja.
As primeiras avaliações indicam produtividade elevada, especialmente nas regiões do Centro-Oeste, apesar das chuvas pontuais que dificultam os trabalhos em algumas áreas. O diretor da Pátria AgroNegócios, Matheus Pereira, destacou que, embora o início tenha sido mais lento, os resultados até agora são positivos. O Brasil, terceiro maior produtor e segundo maior exportador global de milho, mantém perspectivas favoráveis para a safra atual.
A estimativa para a produção total de milho em 2024/25 foi revisada para cerca de 139 milhões de toneladas, um aumento de quase 4 milhões de toneladas em relação à previsão anterior, segundo a consultoria Safras & Mercado. Enquanto os trabalhos avançam, o setor acompanha de perto o desempenho das lavouras, que pode impactar o abastecimento interno e as exportações do cereal.