A luxação é uma lesão caracterizada pelo deslocamento da articulação, podendo ocorrer em diversas partes do corpo, como joelho, ombro e cotovelo. No joelho, é considerada uma das lesões mais graves, geralmente causada por traumas de alta energia, como acidentes de moto ou quedas de altura. Os sintomas incluem dor intensa, dificuldade de movimentação, deformidade articular, inchaço e hematomas. O cirurgião Rogério Nascimento, especialista em joelho da Santa Casa de Maceió, destaca que a luxação pode ser confundida com outras dores se não for avaliada com cuidado, pois a articulação pode voltar ao lugar espontaneamente, mascarando a gravidade da lesão.
O diagnóstico exige exames de imagem, como raio-X, mas o exame físico é essencial, já que lesões ligamentares nem sempre aparecem nos resultados. Além disso, é crucial verificar possíveis complicações vasculares e neurológicas, que podem surgir até 18 horas após o trauma. Exames como ultrassom Doppler e a avaliação de uma equipe de cirurgia vascular podem ser necessários para identificar riscos à circulação sanguínea. O médico enfatiza a importância de uma abordagem detalhada para evitar que a lesão passe despercebida.
O tratamento começa com a estabilização da articulação, usando imobilizadores ou fixadores externos em casos mais graves. Após afastar riscos vasculares, o paciente é internado para controle da dor e planejamento cirúrgico, que inclui ressonância magnética para identificar ligamentos lesionados. A reconstrução pode exigir uma ou mais cirurgias, seguidas de fisioterapia intensiva e fortalecimento muscular. O tempo de recuperação varia conforme a extensão da lesão e o tipo de intervenção, sendo um processo longo antes do retorno às atividades físicas.