Algumas personalidades conhecidas, como Napoleão Bonaparte e Margaret Thatcher, são famosas por dormirem apenas quatro horas por noite e se sentirem bem. Isso não é mentira: elas possuem a síndrome do sono curto, uma condição rara em que o corpo funciona perfeitamente com poucas horas de descanso. Essas pessoas acordam revigoradas, sem precisar compensar o sono nos fins de semana, e não sofrem consequências negativas para a saúde.
Pesquisadores identificaram uma nova variante genética associada a essa síndrome, o que pode ajudar no desenvolvimento de tratamentos para distúrbios como insônia e apneia do sono. A neurocientista Ying-Hui Fu, da Universidade da Califórnia, explica que, nessas pessoas, as funções realizadas durante o sono são executadas de forma mais eficiente. Até agora, cinco mutações em quatro genes foram relacionadas a essa característica, incluindo um que regula o ritmo circadiano.
O estudo mais recente descobriu uma mutação no gene SIK3, responsável por produzir proteínas que enviam sinais químicos para ajustar funções corporais. Os cientistas acreditam que entender essas mutações pode revelar como o sono é regulado, abrindo caminho para novos tratamentos. A pesquisa oferece esperança para quem sofre com distúrbios do sono, mostrando que a chave pode estar em nossos genes.