Acordar cedo pode trazer benefícios à produtividade, mas a ciência mostra que a resposta não é tão simples. Pesquisas indicam que madrugadores tendem a ser mais proativos, com maior capacidade de resolver problemas, e relatam níveis mais altos de felicidade e saúde mental. Além disso, dormir e acordar cedo está associado a padrões de sono mais regulares, o que melhora a qualidade do descanso e, consequentemente, o desempenho cognitivo e físico. No entanto, forçar essa rotina sem considerar o relógio biológico individual pode levar ao aumento do estresse, déficit de sono e queda na performance.
Por outro lado, levantar muito cedo pode elevar os níveis de cortisol, hormônio ligado ao estresse, e causar “dívida de sono” se o corpo não se adaptar. O cronotipo — preferência natural por horários de sono — desempenha um papel crucial: ignorá-lo pode resultar em fadiga, alterações de humor e menor produtividade. Jeff Bezos, por exemplo, prioriza oito horas de sono diárias, destacando a importância do descanso adequado para a clareza mental. A chave, portanto, não é acordar às 4h, mas alinhar a rotina ao ritmo circadiano e às demandas profissionais.
Para ajustar os hábitos de sono, especialistas recomendam mudanças graduais, exposição à luz natural pela manhã e evitar luz artificial à noite. Exercícios matinais, refeições regulares e a redução de cafeína no período da tarde também ajudam a estabelecer uma rotina saudável. O sucesso não está no horário em que se acorda, mas na consistência e no respeito aos limites do corpo. Seja madrugador ou notívago, o equilíbrio entre sono, trabalho e bem-estar é o verdadeiro segredo para a produtividade duradoura.