A China abriga diversas cidades fantasmas que chamam a atenção de viajantes e estudiosos pelo mundo. Esses locais, muitas vezes luxuosos e arquitetonicamente impressionantes, foram construídos durante um período de boom imobiliário, impulsionado por investimentos e apoio governamental. No entanto, a falta de demanda real e crises econômicas deixaram milhões de casas vazias, transformando projetos ambiciosos em áreas desertas. Entre os exemplos mais notáveis estão a Comunidade das State Guest Mansions, em Shenyang, com suas vilas de estilo internacional, e Kangbashi, cidade planejada para ser uma capital regional, mas que hoje abriga apenas uma fração da população esperada.
Outros casos emblemáticos incluem Thames Town, uma réplica de uma vila inglesa que se tornou cenário para eventos, mas não para moradia, e Tianducheng, conhecida como a “Paris chinesa”, com sua torre Eiffel e avenidas inspiradas na capital francesa. Esses projetos, apesar do apelo visual, não conseguiram atrair moradores em número suficiente, seja pela localização remota, pelos altos custos ou pela instabilidade econômica das regiões. Chenggong, por outro lado, mostra sinais de revitalização após a chegada de infraestrutura como o metrô, sugerindo que nem todas as cidades fantasmas estão fadadas ao abandono permanente.
O fenômeno das cidades fantasmas na China serve como um estudo de caso sobre os riscos de investimentos imobiliários sem demanda consolidada. Embora algumas áreas permaneçam desertas, outras começam a ganhar vida, indicando que o planejamento urbano e a conectividade podem reverter parte do cenário. Esses locais continuam a fascinar não apenas pela arquitetura, mas também pelas histórias de ambição e adaptação que carregam.