Vários municípios de Minas Gerais declararam situação de emergência em saúde pública após um aumento significativo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e outras infecções virais. Até o momento, seis cidades — Belo Horizonte, Betim, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Pedro Leopoldo e Santa Luzia — tomaram a medida, citando a sobrecarga nas unidades de saúde e o risco de desassistência à população. O governo estadual também publicou um decreto com validade de 180 dias para enfrentar a crise, incluindo a dispensa de licitações para aquisição de insumos e a mobilização de um centro de operações de emergência.
O aumento nos casos está associado à circulação de vírus como o sincicial respiratório e o influenza A, com destaque para o crescimento acelerado de internações pediátricas. Em Belo Horizonte, por exemplo, houve um aumento de 49% nos atendimentos por SRAG em abril em comparação com março. Para lidar com a demanda, a prefeitura da capital ampliou a oferta de leitos, especialmente para crianças menores de quatro anos, que representam a maioria das hospitalizações.
As medidas emergenciais incluem a requisição de bens e serviços de particulares, quando necessário, e a tramitação prioritária de processos relacionados à crise. O Centro de Operações de Emergências em Saúde por SRAG (COE-Minas-SRAG), coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde, será responsável por gerenciar a situação. A decisão reflete a preocupação com a capacidade do sistema de saúde diante do surto, que ainda não dá sinais de desaceleração.