São José do Rio Preto (SP) enfrentou uma redução de 44% na criação de vagas de emprego formal no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024, segundo dados do Caged. O cenário desafiador levou muitos trabalhadores a buscar alternativas na informalidade, investindo em prestação de serviços e empreendedorismo. Profissionais como eletricistas, pintores e manicures encontraram na autonomia uma forma de compensar a escassez de oportunidades no mercado tradicional.
A mudança para o trabalho autônomo, no entanto, não está livre de dificuldades. Relatos destacam a instabilidade na demanda, com semanas de alta movimentação intercaladas por períodos de poucos clientes. Apesar dos riscos, muitos veem na iniciativa uma chance de aumentar a renda e ter maior flexibilidade. Casos como o de uma manicure que passou a atender em domicílio ilustram como a adaptação às necessidades do público pode gerar resultados positivos, com agenda lotada e maior proximidade com os clientes.
Para garantir direitos previdenciários, parte desses trabalhadores optou por se formalizar como Microempreendedores Individuais (MEI), assegurando acesso a benefícios como auxílio-doença e aposentadoria. Especialistas recomendam a regularização, principalmente para quem fatura até R$ 81 mil anuais. A tendência reflete uma resposta prática à retração do emprego formal, destacando a resiliência e a capacidade de reinvenção dos profissionais diante das adversidades econômicas.