A capital paulista registrou o maior número de furtos no primeiro trimestre de 2025 desde o início da série histórica, em 2001, com 61.829 casos — superando o recorde anterior de 61.415 em 2023. O aumento foi de 4,61% em relação ao mesmo período de 2024. Os furtos são categorizados em duas modalidades: subtração de veículos (que teve leve alta) e “outros”, que inclui itens como celulares e objetos pessoais. Bairros como Pinheiros, na Zona Oeste, lideram as ocorrências, com 1.023 furtos de celulares apenas no primeiro bimestre.
Enquanto os furtos cresceram, os roubos caíram 13% na capital, atingindo o menor índice em 25 anos para março. No entanto, crimes violentos contra a vida, como homicídios dolosos e tentativas de homicídio, tiveram alta de 11,1% e 29,7%, respectivamente. Os estupros também aumentaram (15,4%), contrastando com a queda de latrocínios. A Secretaria da Segurança destacou investimentos em políticas públicas e operações contra quadrilhas, além de apreensões de armas e prisões, mas especialistas criticam a falta de uma estratégia consistente.
Em nota, a SSP afirmou que os homicídios dolosos no estado atingiram o menor número da série histórica (644 casos, redução de 2%). A pasta atribuiu o resultado a ações integradas e monitoramento constante, mas reconheceu o desafio de conter os furtos. Para analistas, as variações nos índices refletem a ausência de uma política de segurança eficiente, com riscos de agravamento da criminalidade se não houver medidas estruturais.