Cientistas chineses alcançaram um marco histórico ao reabastecer um reator nuclear com tório sem a necessidade de desligá-lo. O teste, realizado no Deserto de Gobi, utilizou sal fundido para transportar o combustível, gerando 2 megawatts de energia. O experimento baseou-se em pesquisas americanas das décadas de 1960 e 1970, que foram retomadas e adaptadas pela China, resultando em um avanço técnico significativo.
O tório, elemento três vezes mais abundante que o urânio, pode revolucionar a geração de energia nuclear, já que sua utilização enfrentava obstáculos técnicos até agora. A China, que possui reservas estimadas em 1 milhão de toneladas na Mongólia Interior, é o único país com um reator de tório em operação no mundo. Isso abre caminho para a construção de novas unidades e reduz a dependência do urânio, tradicionalmente usado em reatores.
O sucesso do projeto chinês pode impactar o setor energético global, oferecendo uma alternativa mais sustentável e eficiente. Com a superação de desafios técnicos, o tório pode se tornar um componente-chave na transição para fontes de energia limpa, consolidando a China como pioneira nessa tecnologia.