O governo chinês manifestou insatisfação com as alterações realizadas pelos Estados Unidos nas diretrizes de controle de exportação de chips de inteligência artificial, destacando que as medidas mantêm um caráter discriminatório e distorcem o mercado. Durante coletiva de imprensa, um porta-voz do Ministério do Comércio da China afirmou que, apesar da suavização na linguagem do documento divulgado em 12 de maio, a essência das restrições permanece inalterada. Pequim considera que as mudanças violam o consenso estabelecido durante negociações anteriores na Suíça e em Genebra.
A China contestou a substituição de uma menção explícita aos chips Ascend da Huawei por um alerta genérico sobre riscos associados ao uso de tecnologia chinesa avançada. O porta-voz ressaltou que o país recorreu a mecanismos de consulta bilateral para protestar contra as medidas, classificando-as como um abuso dos controles de exportação. Além disso, Pequim criticou a interferência dos EUA no uso doméstico de chips fabricados na China por empresas locais, enquadrando a ação como uma prática unilateral de intimidação.
O governo chinês alertou que o protecionismo norte-americano pode prejudicar a competitividade industrial dos próprios EUA e exigiu a correção imediata das medidas. O porta-voz afirmou que, caso as ações estadunidenses continuem a afetar significativamente os interesses chineses, o país adotará medidas firmes para proteger seus direitos. A declaração encerrou com uma metáfora, sugerindo que tentativas de frear o desenvolvimento alheio não aceleram o próprio progresso.