O governo chinês afirmou que está disposto a negociar com os Estados Unidos para resolver a guerra comercial, mas alertou que não aceitará coação ou ameaças. O Ministério do Comércio da China destacou que avalia a proposta americana, porém exige demonstração de sinceridade nas tratativas. Enquanto isso, as novas tarifas impostas pelo governo norte-americano já começaram a afetar consumidores, com taxas de até 120% sobre produtos importados da China.
No meio agrícola dos EUA, produtores de soja temem os impactos da disputa comercial, especialmente após as experiências negativas de 2018, quando as exportações para a China caíram pela metade. Agricultores como Jim e Kent Scheib expressam preocupação com a perda de confiança do mercado chinês e o aumento dos custos de produção devido às tarifas sobre insumos como aço e alumínio. O Brasil, que se beneficiou no passado, pode voltar a ganhar espaço como principal fornecedor de soja para a China.
Especialistas alertam que a repetição do conflito comercial pode reforçar a dependência chinesa do agronegócio brasileiro, enquanto os EUA enfrentam desafios para recuperar sua reputação como parceiro confiável. A situação coloca pressão sobre ambos os lados para encontrar uma solução negociada, evitando maiores prejuízos econômicos para setores já afetados.